Séries & TV

Jornada nas Estrelas: Discovery, ela nos mostrará o futuro da franquia?

Será este o futuro da franquia?



Em setembro estreou mais um capítulo de uma das maiores franquias televisivas de Ficção Cientifica. Você já assistiu Star Trek: Discovery?


Antes de mais nada, sou um fã antigo da franquia, assisto a mesma desde 1990 e tenho várias reticências sobre o que a CBS mostrou nestes dois primeiros episódios. Pior, sou daquele que gosta quando se respeita o canon e que, sim, viu o reboot da franquia e achou uma M#@#@, mas vamos nos ater o que está sendo proposto nesta nova série.

Star Trek: Discovery é a mais nova empreitada da CBS em trazer o universo de Jornada nas Estrelas, criado originalmente pelo Grande Pássaro das Galáxias, Gene Rodenberry, para as telinhas da TV, computadores, tablets e smartphones.

A série é a grande aposta da CBS para promover o CBS All Access, o serviço de streaming da empresa para que as pessoas possam assistir as diversas séries que ela produziu ao longo de sua existência. Ainda assim, a CBS entrou em acordo com a Netflix para que a série também possa ser transmitida no serviço on-demand mais popular do planeta, assim assinantes seja do CBS All Access, seja do Netflix tem acesso a Discovery.

E do que se trata a série?


Discovery nos leva para o ano de 2256, onde os dois primeiros episódios se passam na USS Shenzou, uma nave comandada pela Capitã Phillipa Georgiou (Michelle Yeoh) que estava numa missão para consertar um satélite problemático nos confins da fronteira da Federação, a nave e sua tripulação só não sabiam que iriam encontrar ali os perigosos Klingons.

Sem entrar em maiores detalhes, os dois episódios nos mostram um pouco como o universo de Jornada nas Estrelas tende a ser visto nesta série de acordo com a visão dos produtores, que tende a ser relativamente diferente daquilo que o Gene Rodenberry havia concebido inicialmente.

O foco da série não será o capitão, de acordo com os criadores, boa parte dos episódios terá o foco na primeira oficial Michael Burnham (Sonequa Martin-Green) na sua busca em tentar acabar com a guerra Klingon-Federação que será mostrada ao longo da série.

Diferente das demais séries de Jornada que assistimos nos últimos 50 anos, Discovery parece que vai caminhar em algo mais próximo de BattleStar Galactica, onde os episódios terão ligação com o anterior e um contínuo arco histórico será mostrado.

Claro que tivemos um rascunho disto em Deep Space Nine e na terceira temporada de Enterprise, com a Guerra Xindy, mas em Discovery a profundidade histórica tomará este rumo mais "negro".

Será que vai dar certo?


A grande questão de usar o universo de Jornada nas Estrelas para criar uma série com arco contínuo se dá mais pelo fato de como o mesmo está sendo usado. Em todas as séries, por mais obscuras que as histórias se tornassem, todas tinham algo em comum, a Frota Estelar, a Federação e o universo que eles foram inseridas pendiam para uma lição de moral e para a bondade existente nas raças que faziam parte da Federação.

Quando acabamos por mudar um pouco o conceito. Colocando os oficiais da Frota Estelar mais "humanos", mais ligados aos seus sentimentos, os tornamos mais reais e menos ideais. E, talvez, isto não seja bem a visão de oficiais que Gene Rodenberry queria passar.

Claro que não se pode analisar isto apenas em dois episódios, assim como o caso do design dos Klingons, que, para mim, está faltando alguma coisa, mas fica evidente que teremos muito menos Jornada e muito mais explosões estelares nesta nova série.

Só espero estar errado.

Star Trek Discovery terá um episódio novo todo domingo no Netflix.


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