Cinema

Oito vítimas acusam Morgan Freeman de assédio sexual

Mais um caso para a lista de "poderosos de Hollywood" que foram denunciados nos últimos anos



O premiado ator e diretor de cinema, Morgan Freeman, ganhou a mídia nesta quinta-feira, 24. O assunto, no entanto, está longe de ser uma premiação. Freeman foi acusado de assédio sexual por oito mulheres que trabalharam com ele em diversas produções no decorrer dos últimos anos.


A denúncia partiu de uma reportagem da CNN, que falou com 16 pessoas ligadas ao ator. Delas, oito mulheres alegaram ser vítimas de assédio sexual e comportamento inadequado por parte de Freeman. As outras 8 pessoas são testemunhas que confirmam a versão das vítimas.

Uma das vítimas relata que Freeman a submeteu a comentários pejorativos sobre o corpo e a tocou de forma indesejada. Outra vítima, que trabalhou com o ator em Going In Style, denunciou o assédio e contou que "[Freeman] continuou tentando levantar minha saia e perguntando se eu estava usando calcinha". Ainda na ocasião, segundo a vítima, Alan Arkin - que estrelou o filme ao lado de Freeman - pediu para Freeman parar com o assédio "Morgan ficou apavadora e não sabia o que dizer", conta a assistente de produção.

Questionadas sobre o motivo não terem denunciado o ator na época em que os assédios ocorreram, as vítimas informaram que temiam perder os empregos e, para tentar evitar o ator utilizavam de táticas como usar blusas mais fechadas quando ele se aproximava.

Este é apenas mais um caso, de tantos, que ganham a mídia atualmente. São diversos nomes importantes do mundo cinematográfico que abusaram do poder para aproveitarem-se e abusarem de secretárias e atrizes. Alguns exemplos recentes são: Harvey Weinstein, James Toback, Brett Ratner, Dustin Hoffman e Bill Cosby.

Atualmente Morgan Freeman está presente na produção infantil O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos, com lançamento previsto para o próximo semestre; em processo inicial de filmagem de The Poison Rose; e recém contratado para as produções Cold Warriors e The Manuscript, prometidos para 2019 e 2020, respectivamente. Procuradas pela reportagem americana, as produtoras dos longas não se pronunciaram sobre o fato ou se haverá sanções quanto a permanência do ator nas produções.

Pronunciamento de Freeman

Poucas horas após a publicação da matéria da CNN, o ator emitiu através da assessoria de imprensa uma breve declaração pedindo desculpas pelo ocorrido.
"Qualquer um que trabalhou comigo ou me conhece sabe que eu não sou alguém que ofenderia intencionalmente ou conscientemente faria qualquer pessoa sentir-se desconfortável na minha presença. Peço desculpas a qualquer pessoa que tenha se sentido desconfortável ou desrespeitada, essa nunca foi minha intenção".

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