Cinema

Critica: Robin Hood - A Origem - traz um visual moderno com uma história simples

Robbin Hood tenta uma versão nunca contada mas não sabe se quer ser moderno.


Versão moderna de clássico chega às telonas com intenção de ser mais moderna, mas falha ao não se decidir por qual caminho seguir. Praticamente todo mundo com mais de 10 anos conhece ao menos uma versão de Robin Hood, seja a versão do filme do Kevin Costner em 1991, seja a mais recente de 2010 com Russell Crowe ou as versões mais livres, como a da animação da Disney, que adaptou a história usando animais, ou nos quadrinhos, com a versão da Marvel com Gavião Arqueiro, ou a da DC Comics com o Arqueiro Verde.




Pensando nisso, o filme se propõe a fazer uma versão nunca contada, como a lenda virou uma lenda, como Robin Hood começou sua vida de roubos. Logo no inicio o narrador já te informa: “Esqueça as histórias que você já ouviu”. Toda a contextualização e a forma como a trama é introduzida, intriga e deixa curioso, o que nos faz entrar na história do jovem Lorde Loxelly (Taron Egerton) que encontrou o amor e tinha tudo o que desejava, até ser convocado para ir para a península arábica na guerra das cruzadas.

Lá na guerra ele vivencia o pior do ser humano e em um acesso de fúria tentando fazer o certo, ele se põe contra seu comandante (Paul Anderson) e tenta salvar a vida do filho de um mouro que o atacou (Jamie Fox), isso lhe causa uma expulsão para casa (castigo estranho para quem está em uma guerra) e ao regressar encontra um mundo diferente do que deixou ao partir. Sua amada Marian (Eve Hewson) está com o lider do povo Will (Jamie Dornan), sua casa foi confiscada e quase destruída a mando do Xerife e ele foi dado como morto.


Com uma sede de vingança, Robin e John (nome inglês da personagem de Foxx) partem para um plano ousado de roubar o dinheiro das taxas de guerra e ao mesmo tempo fazer Loxelly mais próximo do Xerife.

Assim começa a história de roubar dos ricos e dar aos pobres. A história tem uma evolução legal e ao contrario do recente Rei Arthur - A Lenda da Espada (2017) consegue entreter e contar o que se propôs. No entanto, o filme não decide se assume uma estética mais moderna ou um estilo mais medieval.

O filme também sofre nas cenas com efeitos digitais, algumas sequências deixam explícito Taron em um fundo embaçado e artificial e nas cenas noturnas a tentativa de focar nos atores não disfarça esse mesmo problema.

Se após relevar o figurino mais moderno em um ambiente medieval e as cenas mal renderizadas, você poderá se entreter com uma história bem amarrada e com boas cenas de lutas com arco e flecha. Um bom filme para assistir numa tarde de tédio, em casa.

Ficha Técnica


Titulo Original: Robin Hood - Origins
País de produção: Estados Unidos 
Ano: 2018 
Classificação: 14 anos
Gênero: Aventura
Estréia: 29 de Novembro de 2018
Direção: Otto Bathurst
Elenco: Ben Mendelsohn, Eve Hewson, Jamie Dornan, Jamie Foxx, Taron Egerton, Paul Anderson, Tim Minchin


Pesquisadora em Têxtil e Moda; cinéfila; Potterhead e lufana. Adora escrever e dar dicas sobre seus filmes favoritos. Amante de boas histórias e personagens femininas que se impõe. Queria ter os poderes da Jean Grey, mas é apaixonada pela Jasmine. Nas horas vagas escreve sobre seus hobbies.


Disqus
Facebook
Google