Cinema

Estudantes brasileiros criam aplicativo que analisa representatividade feminina no cinema

Será que seu filme favorito passa no Teste de Bechdel?



Não é preciso ser nenhum cinéfilo para reconhecer que há uma falta muito grande de representatividade feminina no cinema. O ano de 2017, inclusive, foi marcado por debates que questionam e apontam o quão urgente é a representatividade feminina nesse mercado. Ainda há muito a ser feito para melhorarmos essa questão, mas esse cenário tem melhorado cada vez mais - e um aplicativo pode ajudar nessa melhora!


O aplicativo Alice demostra a representatividade feminina já em seu nome, que é uma referência à Alice Guy, visionária francesa que se tornou a primeira diretora e roteirista de filmes ficcionais. O aplicativo conta com 60 mil páginas de filmes e perfis de 42 mil mulheres que trabalham na indústria cinematográfica, com pequena biografia e filmografia completa, e permite formas diferentes de analisar o nível de representatividade em cada filme. Uma das maneiras é ver se o longa passa pelo Teste de Bechdel, em que o filme deve apresentar duas personagens femininas que conversem entre si sobre algo ou alguém que não seja um homem, e, até o momento, algo em torno de 5 mil produções listadas passaram no teste. Outro recurso do aplicativo é o selo Mulheres na Equipe, que é atribuído para qualquer filme que possua ao menos uma mulher em cargos de direção e/ou roteiro, e, até o momento, só foi atribuído a 6% do acervo (algo em torno de 3.722 filmes).


Alice foi feito pelos estudantes Ana Cardoso, Felipe Viberti, Gabriella Lopes e Guilherme Marques, do Centro Técnico Científico da PUC-Rio, e está disponível gratuitamente para dispositivos compatíveis com iOS 10.0 ou posterior.

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