Cinema

Crítica: Top Gun: Maverick - Ases "Ainda Mais" Indomáveis

Filme que marcou os anos 1980 retorna em grande estilo mostrando que não envelheceu de forma ruim


Em 1986, as forças aéreas, receberam números recordes de inscrições para novos recrutas. De primeiro instante ninguém entendeu o porquê, mas logo viram que o sucesso do filme de Tony Scott protagonizado pelo jovem astro da época Tom Cruise, inspiraram as pessoas a serem novos Mavericks, IceMans e Goose’s.  E agora, em 2022, os fãs ganharam uma nova parte dessa história. Top Gun: Maverick chega aos cinemas finalmente! Após dois anos de espera, que já podemos falar que foi recompensadora, ainda mais se você for ver nos cinemas.


Sinopse

Depois de mais de 30 anos de serviço como um dos principais aviadores da Marinha, Pete "Maverick" Mitchell está de volta, rompendo os limites como um piloto de testes corajoso. No mundo contemporâneo das guerras tecnológicas, Maverick enfrenta drones e prova que o fator humano ainda é essencial.

 

Maverick


Com o nome no título do filme, lógico que o primeiro grande personagem de Tom Cruise na carreira, iria ter uma grande presença na sequência de Top Gun.

Maverick retorna as telonas e sem parecer que já se passaram mais de 30 anos que esteve nelas pela última vez.  A primeira cena do personagem já simboliza muito bem isso, com Tom Cruise vestido sua camisa branca, calça jeans, óculos aviador e sua clássica jaqueta. Pronto o astro vira o grande herói dos anos 80 de novo.


Diferente de outras voltas dos “velhões” em outras franquias, Maverick não está por fora das tendências e tecnologias. Ele está bem adaptado a elas e querendo provar que consegue ser o melhor mesmo assim. Mostrando que o personagem não perdeu aquela que foi umas das suas características mais marcantes.

Apesar de sim haver uma recusa de primeira do chamado para a nova aventura. Maverick vai de cabeça para ensinar novos talentos e conseguir seu objetivo. Ele tem momentos de conflitos, mas é como todos dizem para ele durante o filme “Maverick sempre achará um jeito”.

Direção


Tony Scott, diretor do primeiro filme de 1986, tinha começado um desenvolvimento para uma sequência de Top Gun. Mas com o seu falecimento, parecia que nunca iriamos ter um novo filme.

A ideia porém, continuou com e Tom Cruise e o produto Jerry Bruckheimer. Como uma forma de homenagem ao diretor. É então que Joseph Kosinski entrou para o projeto com uma grande responsabilidade.

Kosinski já tinha trabalhado com Cruise no longa “Oblivion” e com certeza ganhou a confiança do ator para a direção de Top Gun Maverick. Ele não decepcionou, trazendo uma evolução de tudo que Tony Scott tinha feito em 1986.

As cenas com os jatos e aviões militares são simplesmente impecáveis. Você consegue se sentir dentro da das batalhas aéreas do filme. Já as cenas terrestres, trazem muita referência da fotografia do primeiro filme. Existem ângulos que parecem ter sidos reutilizados só que dessa vez uma qualidade melhor.

Com certeza, toda a equipe conseguiu honrar com o trabalho de Scott.


Novos personagens


Desde os anos 80, o mundo mudou muito em ideias e conceitos, Top Gun Maverick conseguiu se adaptar muito bem a isso. A nova equipe de pilotos tem uma boa diversidade, e até mesmo no comando das forças aéreas também vemos a representatividade.

Um destaque para a Phoenix (Monica Barbaro), que é uma das selecionadas para o programa Top Gun, e, durante o filme, vimos que ela enfrenta alguns questionamentos e preconceitos, mas que são sempre rebatidos a altura, ou na pilotagem dos aviões ou nas falas mesmo.

Milles Teller
foi o escolhido para viver Bradley Bradshaw, filho do personagem Goose, que era o grande amigo de Maverick no primeiro filme. O personagem enfrenta um grande embate com o Maverick no filme por questões passadas. O talento de Teller como ator deixa tudo ainda mais interessante e ele consegue um grande trabalho ao lado de Tom Cruise.

Temos também o Hangmen (Glen Powell) o novo “Iceman”. Mas com menos protagonismo na história. Mesmo assim o personagem é necessário em algum aspecto e consegue mostrar um carisma.


Uma das grandes expectativas no filme, era a introdução da personagem da atriz Jennifer Connelly no filme. Após uma certa polemica na não participação de Kelly McGillis, onde no primeiro filme interpretou o interesse romântico de Maverick e ainda era uma personagem presente no enredo do filme, tentou até conflitos com o personagem de Tom Cruise. A participação de Connelly mostra ser apenas o novo interesse romântico que está ali apenas para apoiar e falar uma ou outra frase de efeito. Sim, rende algumas cenas engraçadas, mas a parte amorosa é curta e forçada como se, ela tivesse uma grande história anterior, coisa que não conhecemos.

Jon Hann está ótimo como o contraponto do personagem de Tom Cruise no filme.

Conclusão


Top Gun: Maverick conseguiu trazer uma nova roupagem para os conceitos do primeiro filme, e ainda sim elementos novos sendo introduzidos de maneiro muito boa. O filme tem grandes momentos de ação com boa direção que com certeza empolgam e divertem o público. E claro os momentos dramáticos que me surpreenderam são muito bem executados. Um grande filme para ir ver nos cinemas.

Ficha Técnica

 
Nome: Top Gun: Maverick
Nome Original: Top Gun: Maverick
País: EUA
Data de Estreia: 26 de Maio
Gênero: Ação, Drama
Direção: Joseph Kosinski
Elenco: Tom Cruise, Miles Teller, Jennifer Connelly, Glen Powell, Ed Harris, Jon Hann, Monica Barbaro

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