Crítica: The Flash - uma homenagem aos heróis que vieram antes, ou quase

Depois de muitas idas e vindas, e polêmicas protagonizadas pelo ator Ezra Miller, o filme The Flash, finalmente, chega aos cinemas, oficialmente dia 15 de junho aqui no Brasil, porém, já rolaram algumas sessões especiais para alguns influenciadores. Bora, falar um pouco sobre a primeira aventura solo do carinha tão rápido, que é capaz de vencer a barreira espaço-tempo e transitar entre presente e passado. Um filme filosófico sobre os limites da ciência e interferência em acontecimentos passados.

Sinopse

Mundos colidem em The Flash, Ezra Miller, quando Barry usa seus superpoderes para viajar no tempo e mudar eventos do passado. Mas quando tenta salvar sua família, acaba, sem querer, alterando o futuro, Barry fica preso em uma realidade na qual o General Zod voltou, ameaçando destruir o planeta Terra, e não há super-heróis a quem o recorrer. A não ser que Barry consiga convencer um Batman muito diferente a abandonar sua aposentadoria e recuperar um kryptoniano preso... mesmo que não seja exatamente quem Batman está procurando. Para salvar o mundo em que está e retornar ao futuro que conhece, a única esperança de Barry é usar seus superpoderes para salvar sua vida. Mas, se afinal, precisar desistir dela, será suficiente para reconfigurar o universo?

A relação Batman X Flash é muito parecida com Homem de Ferro X Homem-aranha, você percebe isso logo nos primeiros minutos. Claro que o Bruce Wayne não é tão encantador quanto Tony Stark, que com sua personalidade cativante consegue fazer a gente esquecer que muitas de suas atitudes são extremamente egocêntricas e megalomaníacas. Mas, esse filme é da DC???

A intertextualidade em The Flash

O filme The Flash é uma narrativa que faz referências a outras narrativas que fazem parte do histórico de adaptações dos heróis da DC, tanto na TV, quanto no cinema. Obras que antecedem o surgimento da primeira aventura solo de Barry Allen, Ezra Miller, na telona. Lembrando que tivemos a série com Grant Gustin interpretando o velocista escarlate no decorrer de 9 temporadas, finalizada este ano. E a série dos anos 1990 estrelada por John Wesley Shipp, com somente 1 temporada.

Sendo que muitas referências grande parte da geração Z desconhece, o que faz do filme uma narrativa que agrada todas as gerações que cresceram assistindo séries de heróis. Especialmente, a que sentava no sofá para tomar Toddy enquanto assistia “Super Amigos”, com sua célebre frase "Enquanto isso, na sala de justiça".

Portanto, se distraiu perde uma referência, e posso garantir que são várias. Mas, o final tem a melhor de todas, fiquei "não acredito que fizeram isso!!!". Sério! Palmas para quem criou o roteiro!!! Por isso, o trabalho dos roteiristas deve ser valorizado. Visto que demanda muita pesquisa e conhecimento do universo que está sendo desenvolvido.

Como já é costume nos filmes baseados em heróis DC, temos muitas piadas e momentos cômicos entre uma explosão e outra. Além disso, as duas versões de Barry são bem diferentes, enquanto um é mais despreocupado e abobalhado, o outro é mais tenso e nada sociável.

Como se a vida fosse um eterno ctrl+z

A narrativa de The Flash é apoiada numa sucessão de erros após Barry resolver mudar o passado. Pois, mesmo conhecendo as consequências de viajar no tempo, Allen volta para reconfigurar seu futuro. Só que o passado faz parte da construção de quem somos, portanto, quando o passado não existe mais, quem seremos no presente? O EU presente deixa de existir, pois, outro indivíduo toma seu lugar, a partir da nova realidade construída. Não se preocupe, apesar da complexidade do assunto a narrativa é mais simples do que parece.

Enfim, The Flash brinca com o nosso desejo de consertar fatos passados, bem como fala sobre escolhas, as que deram certo e as que não funcionaram. Também fala sobre segundas chances, o passado até não pode ser mudado, entretanto, o presente pode proporcionar segundas oportunidades. Eu já falei sobre a surpresa no final do filme? Hahaha

E fica até ligarem as luzes do cinema, pois, temos uma cena pós-crédito que é um prelúdio do que vem por aí.#ficaadica