Séries & TV

Revisitando Séries: OZ – O Drama Brutal que Inaugurou a Era HBO

Relembre OZ, a série brutal da HBO que abriu caminho para os dramas sombrios da TV moderna. Ainda impactante em 2025!


Você já ouviu falar de Oz? Se não ouviu, tá na hora de corrigir esse erro. Se ouviu, talvez esteja na hora de revisitar essa joia bruta da televisão. Hoje, vamos falar sobre OZ, a série da HBO que abriu caminho para tudo o que veio depois: The Sopranos, The Wire, Breaking Bad... antes de tudo isso, existia OZ.


O que é a série OZ?



Transmitida entre 1997 e 2003, OZ foi a primeira série original da HBO. Criada por Tom Fontana, a trama se passa na fictícia Penitenciária Estadual de Oswald (daí o nome OZ) e, mais especificamente, na unidade experimental chamada Emerald City, um espaço onde se tenta um modelo “reformador” de encarceramento.

Spoiler: não funciona tão bem.

Uma visão crua do sistema prisional



Diferente de dramas mais "polidos", OZ joga o espectador no caos do sistema prisional norte-americano. Violência, corrupção, racismo, vícios e jogos de poder são retratados com uma franqueza brutal. Nada é suavizado. Aqui, ninguém é completamente herói nem totalmente vilão. A série desconstrói a ideia de justiça ao mostrar como o sistema falha todos os envolvidos: detentos, carcereiros, e até os que acreditam estar no controle.

Personagens marcantes e atuações de peso



A série é um verdadeiro celeiro de talentos que depois brilharam em outras produções. Nomes como:

  • J.K. Simmons como o aterrorizante Vernon Schillinger, líder neonazista.
  • Harold Perrineau como Augustus Hill, o narrador quase shakespeariano da série.
  • Christopher Meloni como o imprevisível Chris Keller.
  • Eamonn Walker, Dean Winters, Ernie Hudson e outros nomes que se tornaram recorrentes na TV americana.

Cada personagem traz um dilema ético, moral e pessoal – e ninguém sai ileso.

O legado de OZ


Antes de Game of Thrones e Euphoria, a HBO apostou em OZ para mostrar que a TV podia ser tão ousada quanto o cinema – ou mais. A série pavimentou o caminho para que outras produções arriscassem narrativas adultas, complexas e provocadoras.

Em termos de representatividade, diversidade e crítica social, OZ estava à frente do seu tempo. E mesmo hoje, com mais de 20 anos desde a estreia, o conteúdo ainda é atual – o que diz muito sobre o estado das prisões e das tensões sociais.

Vale a pena revisitar OZ em 2025?


Sim. Mas prepare-se. Não é uma série para maratonar comendo pipoca. É pesada, intensa, e em muitos momentos desconfortável – mas é também uma aula de dramaturgia, narrativa e coragem criativa.

Se você gosta de séries que não subestimam a inteligência do espectador, OZ deve estar na sua lista. E se já assistiu, talvez agora, com outros olhos, a experiência seja ainda mais impactante.

Poeta, Bacharel em Radio, TV E Vídeo, Estrela, Editor e Co-criador do Papo Blast, Especialista em piada ruim, Viciado em séries e filmes, está mais perdido que Lost e acredita que Sharknado é um clássico subestimado mas vocês não estão prontos para essa conversa.


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