Cinema

Crítica: Horas Decisivas - não é mais um Titanic

História real sobre o naufrágio de um petroleiro é uma boa surpresa nesse começo do ano cinematográfico.

Confesso que a primeira coisa que pensei quando vi o trailer do filme foi: mais um filme de naufrágio… Mas como cinéfilo confesso, que assisti Titanic incontáveis vezes, fui ver qual era a do Horas Decisivas. E tive uma grata surpresa! O filme é baseado em uma história real, retratada no filme por três pontos de vista diferentes: o de Bernie Webber (Chris Pine), um marinheiro a serviço da guarda costeira dos Estados Unidos, o de Ray Sybert (Casey Affleck), um dos tripulantes do navio que é partido ao meio e a de Miriam (Holliday Grainger), que aborda a coragem de uma mulher em enfrentar ordens impostas pela sociedade da época, onde mulheres sofriam preconceitos de gênero.

Bernie Webber enfrenta o drama de ter perdido vidas em um resgate anterior. Em seu trabalho, onde alguns colegas relembram e o fazem sentir-se mal pelo ocorrido, e também em sua vida pessoal, pois a dificuldade de tomar decisões faz com que ele seja pedido em casamento por Miriam, motivo para mais chacota por parte de seus colegas de trabalho.

Falando em drama, Ray Sybert parece viver o seu próprio drama dentro do navio, onde a tripulação o trata com certa hostilidade, mesmo quando ele identifica a solda feita em uma rachadura não vai resistir por muito tempo no mar agitado pela tempestade que cai naquela noite.

Já Miriam tem sua participação focada em enfrentar oficiais da marinha para obter informações sobre seu noivo a qualquer custo, o que se torna mais difícil diante das ordens rígidas e irrepreensíveis de Daniel Cluff (Eric Bana).

Conhecendo os três personagens principais, vamos a história: um petroleiro é rachado ao meio enquanto tenta chegar a costa americana, matando toda a tripulação com o naufrágio iminente diante das circunstâncias. Ray usa toda sua perícia e conhecimento do navio para ganhar tempo e impedir que a outra metade naufrague antes que a ajuda possa chegar.

Em terra, Daniel Cluff manda um grupo de membros da guarda costeira socorrer outro petroleiro que também estava naufragando, sem saber que teria mais um para socorrer. A metade do petroleiro ocupada por Ray e o resto da tripulação é avistada por um dos moradores da costa, que imediatamente reporta a guarda costeira.

Bernie acaba assumindo a difícil tarefa de partir para o resgate em um barco inferior em meio a uma forte tempestade, onde os desafios do próprio mar já tornam essa missão praticamente impossível. O passado de Bernie vem a tona quando ele solicita ajudantes para acompanhá-lo na missão de resgate, onde apenas três homens decidem ajudar, não se importando com o passado e sabendo que as vidas a bordo do petroleiro partido ao meio depende deles.

Os efeitos especiais do filme são bem feitos e conseguem passar a quem assiste a angústia que os quatro homens enfrentam para chegar até o petroleiro, enfrentando um banco de areia que pode destruir o barco, maré agitada e ondas gigantes, fazendo muitas vezes perdermos o fôlego.

As atuações de modo geral são bastante convincentes, passando toda a tensão que os personagens enfrentam para quem assiste o filme. Você acaba se apegando facilmente a alguns personagens pelo carisma e coragem demonstrados diante da situação desesperadora.

O veredito final é: um filme muito bom! Em um ano onde as expectativas em relação a filmes como Deadpool e Batman versus Superman e outros tanto filmes de heróis aguardados pelo público, Horas Decisivas conseguiu abrir o ano cinematográfico de 2016 com honras.

Veja o trailer de Horas Decisivas:



Apenas um rapaz latino americano.


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