Blast from the PastSéries & TV

Blast From The Past - Minha tragédia preferida de Grey's Anatomy

A série médica está completando 15 anos hoje (27/03). E minha contribuição para essa data é relembrar o episódio que mais machucou meu coração.


Grey's Anatomy. A série que começou no dia 27 de março de 2005 como um simples drama sobre 5 recém-saídos da faculdade de medicina que agora tem que sobreviver à nova rotina como internos em um hospital se tornou uma das produções mais assistidas do mundo. E, apesar das escolhas narrativas que me desagradaram bastante ao longo de todo esse tempo, eu sempre vou ter prazer em falar sobre a série. E, nesse Blast From The Past, escolho expressar meu amor pela série, ironicamente, através das mortes de Mark e Lexie, relembrando o acidente de avião e as consequências de tal ocorrência 1 mês depois.

Maio de 2012 - Flight - Final da 8ª temporada


Milhões de estado-unidenses, mais uma vez, estavam tendo seu emocional dilacerado enquanto viam mais um personagem ser morto por Shonda Rhimes, criadora da série, roteirista desse episódio em específico e apelidada carinhosamente de Shondanás. Alexandra "Lexie" Grey foi esmagada por uma turbina do avião onde estava que caiu no meio da mata. Antes de falecer, ela ouviu a declaração de amor mais sincera e agridoce que eu já havia visto:


O Mark ficou lá. Segurando a mão dela. O máximo que pode. Até que o cansaço veio. E a infecção piorou. Mal podia ficar em pé. No fundo ele sentia que estava para morrer. Talvez ele estava aliviado por isso. Iria se encontrar com o amor de sua vida no outro lado. Mas também sabia que tinha pessoas aqui que ainda precisavam dele. Ele tinha a Arizona. Ele tinha a Sofia. Ele tinha a Callie. Ele tinha o Derek. E assim deixamos o grupo de sobreviventes até setembro.

Setembro - Going, Going, Gone - Início da 9ª Temporada


Arizona, que estava com o osso da perna quebrado e exposto, teve que perder o membro devido a uma grave infecção que podia matá-la. Meredith ganhou o apelido de Medusa pelos internos novatos devido a como seu histórico de desastres pelos quais passou tornou ela uma pessoa mais fria. Cristina foi fazer sua especialização em cardiologia no frio de Minnesota, tendo como companhia um chefe que quer forçar a aposentadoria do seu cirurgião mais idoso, porém teimoso. Derek teve que quebrar sua mão para sair de um dos destroços do avião e, só agora, estava reestreando nas cirurgias, mas nem tudo está exatamente bem.

E o Mark estava em coma. Era o 30º e último dia do suporte à vida. Às 17h do horário de Seattle, seus aparelhos seriam desligados. Ao longo daqueles 42 minutos, o passado do eterno Doctor McSteamy, traduzido para cá como Dr. Gostosão, nos era mostrado. O casamento do Derek, sua presença como pai, seus casos de amor com a Callie. Momentos. Lembranças. Certezas de uma vida bem vivida. E a cena em que os batimentos cardíacos deles cessam consegue me emocionar até hoje:


Emular o piloto da série trazendo novos internos no mesmo episódio que um favorito dos fãs se despedia da produção foi uma decisão acertada. Representa o fim de um ciclo enquanto outro se iniciava. E aqui confesso que, vez ou outra, me recordo de partes do que a Meredith disse em narração nos minutos finais enquanto mostrava um último flashback do Sloan, dessa vez no aniversário da filha. A vida é passageira. O melhor que podemos fazer é vivê-la para deixar um legado. Pequenas marcas de felicidade em lugares, lembranças e corações.

"Dizem quer morrer é mais difícil para os vivos. É difícil dizer adeus. Às vezes, é impossível. Você nunca deixa de sentir a perda. É o que faz as coisas tão agridoces. Deixamos pequenas partes de nós para trás, lembretes, uma vida cheia de memórias, fotos e quinquilharias. Coisas para sermos lembrados... mesmo quando nos formos."

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