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| Première de Barbie em Los Angeles (Foto: Reprodução/People) |
Com a adesão dos atores aos roteiristas, Hollywood se vê mergulhada em uma das paralisações mais significativas e perigosas de sua história. Mas quais serão os impactos dessa crise no desempenho dos filmes desta temporada?
Na última quinta-feira (13), anunciamos por aqui que o Sindicato dos Atores de Hollywood (SAG-AFTRA) se juntaria à greve dos roteiristas. Desde então, já vimos uma série de reflexos práticos da decisão, que vão desde atores deixando premières em andamento ao cancelamento de eventos.
Isso ocorre em respeito às diretrizes do SAG-AFTRA, que delimitam que as estrelas não podem participar de nenhum tipo de divulgação de suas obras, incluindo entrevistas e até postagens nas redes sociais. Diante disso perguntamos: será que os lançamentos estão ameaçados? Como ficará a bilheteria de Barbie e Oppenheimer?
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| Sindicato dos Atores de Hollywood (SAG-AFTRA) em greve (Foto: Reprodução/Entertainment Weekly) |
O que os especialistas dizem?
Em entrevista à Variety, Paul Dergarabedian foi categórico ao afirmar que “é difícil quantificar o impacto exato que isso traz para a bilheteria”. Na opinião do analista da Comscore, empresa conhecida por suas projeções e pesquisas, os grandes filmes da temporada não estão ameaçados: “a essa altura, os cinéfilos já estão cientes desses filmes. O momento da greve dos atores [...] não é um fator determinante”.
Porém, para David Gross, diretor da Franchise Entertainment Research, um impacto a longo prazo será inevitável. “Caso não haja uma resolução [da greve], os filmes de premiação de outono, os grandes filmes de Ação de Graças e os títulos de fim de ano serão impactados”, apontou.
Justamente por isso, a possibilidade de parte dos lançamentos ser adiada ganha força. Nesta semana, por exemplo, foi revelado que a Warner Bros. Discovery cogita adiar Besouro Azul. Caso o adiamento seja confirmado, o filme que conta com a Bruna Marquezine no elenco seria lançado somente no ano que vem.
A verdade é que tudo dependerá dos avanços ou não das negociações entre as classes. Enquanto isso, podemos afirmar, sem medo, que a indústria cinematográfica enfrenta um momento desafiador, talvez um dos mais complexos de sua existência, o que fica ainda mais evidente se somarmos a greve aos últimos desastres nas bilheterias.
