Crítica: TPM - Meu Amor! - Nossa Barbie brasileira!

TPM - Meu Amor! Estreia nessa quinta-feira 31 de agosto, tendo como tema central o Universo Feminino. Paloma Bernardi é a protagonista, ou podemos dizer, protagonistas? E nós do Geekblast já conferimos a produção.

Paloma Bernadi é Monique, uma enfermeira dedicada, sensível e desastrada, vivendo uma TPM (tensão pré-menstrual) sem fim. Após perder uma promoção, ser ameaçada e intimidade pelo chefe....tudo muda.

Nossa personagem principal vive uma mulher contemporânea e suas múltiplas jornadas, cuidar da casa, carreira, lidar com os pais e familiares, ser amiga, ser mulher, ser saudável....sendo pressionada o tempo todo para ser perfeita em tudo, e claro, ainda manter a sanidade mental.

Monique após a gota d'água em meio a uma crise existencial, libera a sua eu sem medo, enfrentando tudo e todos, sem receio de julgamentos, fazendo tudo que a sua rotineira personalidade não faz, imagina, mas não faz. Um ótimo recurso utilizado no roteiro, onde somos apresentados para a Monique Sem Medo sem ela está de fato em ação, que ocorre com flashforward sendo como uma femme fatale de vermelho ou uma vingadora/justiceira.

A produção apresenta assuntos sérios como machismo, abuso moral e saúde mental, além de assuntos tabus como a TPM, pompoarismo e sexo na 3° idade, com momentos engraçados, principalmente com as situações inusitadas de Monique e Ivanir (Iara Jamra).

A rede de apoio é ampla, gerando uma troca mútua de experiências e histórias . Maria Bopp é a prima Carol, Polly Marinho é a psicóloga Ausônia, Tânia Alves é a mãe, Teca Pereira é Leopoldina e Lucélia Machiavelli é a Tia Rita.

Durante o desenrolar da trama, Monique vai tentando solucionar todos os problemas com risos, choros, gritos, mostrando o talento a e as múltiplas facetas de Paloma Bernardi. O auge é um discurso emponderado e libertador na sala da terapia, a "la Glória", o personagem de América Ferrera em Barbie, e curiosamente, a produção começou suas gravações em 2021.

TPM - Meu Amor!, usa como pano de fundo uma das coisas mais comuns do universo feminino, que é usada de forma pejorativa pela sociedade para nos subestimar, esquecendo que é uma condição médica e que por trás de uma "tpm" existe uma mulher com múltiplas responsabilidades, sendo criticada e cobrada apenas por existir. Toda essa abordagem com leveza e humor.