Coletiva de Imprensa da série Notícias Populares

Série que estreia dia 29 de setembro, às 22h30, no Canal Brasil resgata todo o caos e sensacionalismo da redação do jornal Notícias Populares


O Notícias Populares foi um jornal que circulou em São Paulo de 1963 até 2001, conhecido por suas reportagens sensacionalistas, capas apelativas e histórias que mais pareciam roteiro de filme de terror B. Publicação que criou tendência e serviu, e ainda serve, de referência para muitos programas jornalísticos que fazem da TV aberta. Também é o tipo de narrativa utilizada nas fakes news que povoam os grupos de WhatsApp e causam tanta desinformação.

Coletiva virtual da série Notícias Populares com a presença dos criadores André Barcinski e Marcelo Caetano, dos atores Luciana Paes, Bruna Linzmeyer, Ana Flávia Cavalcanti, Ary França, Rejane Faria e Clayton Mariano, e André Saddy, diretor geral do Canal Brasil e mediação Maria Clara Senra.

Começamos o encontro com André Barcinski, roteiro e criação, falando sobre a criação da série:

- Quando pensamos em criar a série, o Canal Brasil foi a primeira opção por ser transgressor. Trabalhar no notícias populares foi uma oportunidade de aprender o tipo de jornalismo que só se aprender na prática, foi uma experiência fantástica, especialmente para quem estava saindo da Ilustrada, e padrão Folha de jornalismo.

Sobre o tom da série, Marcelo Caetano - criado, explica:

- Era provocar no espectador as mesmas emoções e caos que as manchetes e artigos do Notícias Populares causava em seus leitores. Um tom de humor popular, com uma certa acidez, além criar um equilíbrio dentro do caos em tela.

Considerando que o NP (Notícias Populares) não era lido em casa, era lido indo para o trabalho, então a ideia era que as pessoas estavam no meio da cidade, no meio do caos, era uma experiência coletiva de leitura. Tentamos reproduzir essa experiência. Por isso, utilizamos um tom excessivo para criar a série!”

André Barcinski completa:

- A redação do NP (Notícias Populares) era diferente das outras, pois era super barulhenta e caótica, além disso, a população ia até à redação. As pessoas batiam na porta para reclamar e dar sugestões, era uma redação viva. Não era algo fechado, era convidativa.


“Como não tinha assinatura, o NP era um jornal que precisava vender muito, não era como outros jornais que tinham uma base grande de assinantes, que garantia a receita. Todo dia era uma batalha, por isso se tornou uma grande escola para muitos jornalistas, na época”, explicou Marcelo Caetano.

Para a atriz Luciana Paes, Paloma, desempenhar esse papel foi como se aventurar, foi a sensação que teve com a personagem, pois, se trata de alguém que precisou sair de sua zona de conforto por diversas questões que ocorreram em sua vida para aceitar o cargo no NP.

Bruna Linzmeyer, que interpreta a personagem Rata, falou sobre sua experiência:

- Eu vi entrevistas e reportagens de jornalistas que a gente admira. Mas, o que mais me chamou a atenção e curti com relação à Rata foi o caos, sua habilidade de trabalhar a partir do caos. 

Para Rejane Faria, que interpreta a fotógrafa Marina, sua personagem era uma profissional que queria ter a melhor foto, muitas vezes tinha que provocar através de imagens, alguns truques foram desenvolvidos, nem sempre éticos, mas eram técnicas para tirar das pessoas o máximo de emoções. Mas, ao mesmo tempo, criou-se outra ética de trabalho. Tinha que fazer a matéria, tinha que vender o jornal, entretanto não deixamos de lado o fator humano.

- É a primeira vez que faço um personagem mais romântico, foi um grande playground. A construção da comédia foi interessante porque foi muito refinado e elegante, a forma que a gente vai entendendo o humor, mas, ao mesmo tempo, descobrindo as pequenas relações. Pequenas construções de humor que tem mais a ver com a relação entre os personagens, que a construção de humor relacionado ao tema, explicou Luiz Bertazzo, que interpreta o colunista de cinema Luna.

“O NP é um microcosmo do país, mas era muito difícil se ver, ver a própria cara no espelho, se olhar e se ver ali”, Rui Ricardo Diaz, que vive o editor-chefe do NP Matias.

“Enfim, tem piadas e brincadeiras que não podem ser usadas hoje, explicou Marcelo Caetano, mas estamos sempre no limite quando falamos de NP (Notícias Populares).”


A série, com 7 episódios, “Notícias Populares” estreia no dia 29 de setembro, às 22h30, no Canal Brasil, como parte das comemorações de 25 anos do canal. Depois os episódios serão disponibilizados no serviço de streaming Globoplay.

Sinopse

Janeiro de 1993. Correspondente de um dos maiores jornais do país na França, Paloma Fernandes volta ao Brasil após romper seu casamento. Ela recebe uma missão de Dr. Felix, dono do Grupo Folha: assumir a chefia de reportagem de um dos jornais do grupo, o Notícias Populares. Mas a tarefa de chefiar os repórteres se mostrará difícil. Paloma vai ter que driblar seus preconceitos para noticiar casos espetaculares como o Bebê-Diabo, o Bando do Palhaço e uma rebelião de prostitutas.

Elenco: Luciana Paes (Paloma) Ana Flavia Cavalcanti (Greta) Rui Ricardo Diaz (Matias) Ary França (Conrad) Fabio Herford (Dr. Felix) Rejane Faria (Marina) Lucas Andrade (Adilson) Luiz Bertazzo (Luna) Tuna Dwek (Aldenora) Clayton Mariano (Helcio) Hugo Villavicenzio (Euclides Rocha) Teka Romualdo (Tia Tita) Jackie Obrigon (Helga) Ed Moraes (Gibran) Flow Kountouriotis (Tetéia) Henrique Zanoni (Franco da Rocha) Ricardo Teodoro (Faísca - Gari Galã) Verónica Valenttino (Sandra Bocão) Germano Mello (Hilário de Mello) Participação especial: Bruna Linzmeyer (Rata).



Kika Ernane, Karina no RG, e sou multitasking (agora que aprendi o significado do termo segura). Uma mulher como muitas da minha geração, que ainda não descobriram como aproveitar a liberdade que lutaram tanto para conseguir. Muito menos administrar todas as tecnologias disponíveis. Enfim, estou sempre aprendendo.


Disqus
Facebook
Google