Crítica: Princesa Adormecida - segunda adaptação para os cinemas da coleção “Princesas Modernas”, de Paula Pimenta

Princesa Adormecida com Pietra Quintela, Maisa, Patrícia França e Juliana Knust é mais uma adaptação para os cinemas de livros de Paula Pimenta


Princesa Adormecida, filme baseado na obra de Paula Pimenta, que estreia dia 15 de agosto nos cinemas de todo o Brasil, traz Pietra Quintela, Maisa Silva, Juliana Knust, Patrícia França no elenco. Para quem está acostumado com as histórias da escritora, não encontrará nenhuma novidade, pois seguimos com as mesmas mocinhas sem água com açúcar, que esperam o príncipe encantado para serem salvas. Tão anos 1990!!

Sinopse

Rosa é uma típica adolescente que sonha com liberdade e independência enquanto seus três tios, que a criaram como uma filha, a superprotegem a todo custo e não a deixam fazer nada. Aos 15 anos, ela descobre que o mundo que achava real nada mais era que um sonho. Rosa é mais que uma simples jovem que vai à escola e se diverte com sua melhor amiga e troca mensagens com o seu crush. Um mistério do passado volta à tona e uma vilã vingativa coloca sua vida em perigo.

Princesa Adormecida é a segunda adaptação para os cinemas da coleção de livros “Princesas Modernas”, de Paula Pimenta.

Se até a Disney já percebeu que as princesas têm o poder de mudar a própria trajetória, por que ainda estamos vendo narrativas onde a mocinha aguarda um príncipe vindo de terras longínquas para conquistar seu final feliz?

Dito isso, o filme Princesa Adormecida apresenta uma protagonista sem graça e sem carisma. Além disso, você consegue descobrir quem é a vilã no primeiro terço do filme, pois não se esforçaram muito para tentar nos enganar. Outra coisa que é de doer foi o codinome dado para a vilã.

Sendo o mais interessante do filme a participação de atrizes que fazem parte da memória afetiva da geração X e Y, Juliana Knust e Patrícia França, aliás a segunda merecia uma personagem com uma motivação mais convincente.

Princesa adormecida é um filme para adolescentes que parece que não entende as juventudes contemporâneas, que estão acostumadas com narrativas que apresentam uma temática ou questão social urgente. Pois, temos uma princesa que vive em 2024 totalmente desconectada, além disso, personagens que aceitam as coisas sem questionar não são mais tão interessantes. Assim como, essa visão de que princesas são pessoas passivas não atraem mais a atenção do público, especialmente jovens.


Em um mundo repleto de heróis que fazem o que for preciso, mesmo cruzando limites, realities que simulam arenas de gladiadores e serviços de streamings que levam diversão para dentro da sua casa, o cinema precisa criar narrativas que façam a gente querer sair de casa, pagar caro no ingresso e na pipoca super faturada, e Princesa Adormecida não é o caso.

Ficha técnica

Título: Princesa Adormecida
País: Brasil
Data de estreia: 15 de agosto de 2024
Gênero: Drama, Comédia, Romance
Duração: 80 minutos
Classificação: 10 anos
Distribuidora: Vitrine Filmes
Direção: Claudio Boeckel
Elenco: Pietra Quintela, Maisa, Guilherme Cabral, Livia Silva, Patrícia França, Juliana Knust, Leopoldo Rodriguez, Ju Colombo, Aramis Trindade, Claudio Mendes, René Stern e Paulo Américo.

Kika Ernane, Karina no RG, e sou multitasking (agora que aprendi o significado do termo segura). Uma mulher como muitas da minha geração, que ainda não descobriram como aproveitar a liberdade que lutaram tanto para conseguir. Muito menos administrar todas as tecnologias disponíveis. Enfim, estou sempre aprendendo.


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