Jogabilidade: Entre o shuriken e a katana
Ragebound é um mergulho em alta velocidade no estilo side-scroller. Aqui, você alterna entre dois ninjas: o novato Kenji Mozu e a kunoichi rebelde Kumori. Combinando ataques corpo a corpo e armas à distância (como kunais e bombas de fumaça), o jogo exige reflexos afiados e domínio da mecânica de Sobrecarga, um sistema de risco-recompensa que transforma seus ataques em execuções cinematográficas.
Trechos de plataforma puxam inspiração dos clássicos de NES e SNES, mas com um toque moderno de fluidez e verticalidade. As sessões com Kumori são verdadeiros desafios à la Celeste em ritmo ninja. Já as batalhas contra chefes lembram a coreografia precisa de Kill Bill Vol. 1, com duelos épicos e sem espaço para erro.
Narrativa: Uma aliança improvável contra o caos demoníaco
Enquanto Ryu Hayabusa está em missão nos EUA (em uma vibe que remete a Ninja Americano), a Vila Hayabusa é atacada por forças demoníacas. Cabe a Kenji e Kumori — representantes de clãs rivais — unirem forças para impedir o avanço do Lorde Demônio. É uma dinâmica que lembra o filme O Último Samurai, onde honra, rivalidade e redenção caminham juntos.
Embora o roteiro não reinvente a roda, a construção visual das cutscenes em pixel art impressiona. As expressões, os gestos e a evolução da relação entre os protagonistas brilham mesmo sem vozes — como em O Lobo Solitário (Lone Wolf and Cub) ou nos mangás de Kazuo Koike.
Desafios e personalização: Seu estilo, sua honra
A dificuldade é ajustável e respeita novatos e veteranos. Com talismãs, técnicas especiais e armas alternativas, você molda sua jornada. Quem busca a glória do rank S++ terá que dominar as fases, os segredos escondidos e os modificadores mais cruéis — como um verdadeiro ninja enfrentando um exército sozinho, no melhor estilo 13 Assassinos ou The Raid (ok, não são "ninjas", mas a energia é parecida).
Pixel art de respeito: Quando retro encontra modernidade
Visualmente, Ragebound é um tributo às eras 16 e 32-bits, mas sem abrir mão da modernidade. Ambientes vão de templos orientais a navios fortificados, misturando o clássico com o contemporâneo — como se The Messenger encontrasse Metal Slug. A trilha sonora, recheada de guitarras nervosas, sustenta o clima, mesmo sem músicas icônicas.
Conclusão: Um corte preciso na nostalgia ninja
NINJA GAIDEN: Ragebound não tenta reinventar a roda — ele a afia até que vire uma arma letal. É uma ode aos clássicos da ação 2D, com polimento moderno e uma jogabilidade que honra o legado de Hayabusa. Para fãs de Shinobi, Strider ou até Naruto, é um prato cheio de adrenalina, pixels e honra samurai.
✅ Prós:
- Ação rápida e viciante;
- Visual pixel art com grande personalidade;
- Alternância de personagens cria variedade;
- Fases extras e sistema de ranqueamento estendem a experiência.
❌ Contras:
- Alguns trechos com backtracking forçado;
- Combate pode cansar em ondas de inimigos repetidos.
Referências ninja para entrar no clima:
- Ninja Americano (1985) – clássico cult do ninja em solo americano;
- O Guerreiro Silencioso (Revenge of the Ninja, 1983) – puro ninja vs demônio anos 80;
- Shinobi no Mono (1962) – influência clara para o tom mais sério;
- Ninja Scroll (1993) – anime brutal, cheio de ação e estética dark;
- Batman Ninja (2018) – visual estilizado, caos e shurikens.