O retorno dos Cavaleiros e a nova geração de mágicos
Na trama, J. Daniel Atlas (Jesse Eisenberg), Merritt McKinney (Woody Harrelson), Jack Wilder (Dave Franco) e Henley Reeves (Isla Fisher) estão de volta para mais uma aventura alucinante. Dessa vez, os ilusionistas precisam enfrentar um desafio que envolve a joia mais valiosa do mundo, mergulhando em uma conspiração que liga empresas corruptas e lavagem de dinheiro em escala global.
O quarteto se une a uma nova geração de mágicos, e o contraste entre as duas equipes traz momentos interessantes — lembra até Os Mercenários 3, quando Stallone tenta liderar um time mais jovem. Essa troca de energia mantém o filme vivo, especialmente graças à presença de Dominic Sessa, que rouba a cena com carisma e entrega uma performance magnética.
Mais ação, menos mágica
![]() |
| Isso é muito Mundo de Escher |
Se nos filmes anteriores o espetáculo vinha dos truques engenhosos e da criatividade visual, aqui o foco está claramente na ação. Truque de Mestre – O 3º Ato segue o mesmo caminho que Velozes e Furiosos percorreu ao longo dos anos: menos corridas (ou no caso, menos mágica) e mais cenas explosivas.
Isso não torna o filme ruim, mas altera sua essência. Os momentos de ilusionismo, que eram o coração da franquia, aparecem diluídos em meio a perseguições, lutas e reviravoltas rápidas — o que pode frustrar fãs das primeiras produções.
Uma trama confusa e uma vilã subaproveitada
![]() |
| Rosamund Pike como a vilã Veronika Vanderbergh |
O roteiro tenta recomeçar a história, ignorando parte dos eventos e motivações deixados pelos dois primeiros filmes. O destino de Dylan (Mark Ruffalo) é tratado de forma superficial, e a nova narrativa parece desconectada do que veio antes.
A vilã, vivida por Rosamund Pike, surge promissora — seu discurso sobre poder, diamantes e manipulação dá o tom de uma antagonista fria e calculista. Porém, essa força inicial se perde rápido. No primeiro confronto com os ilusionistas, ela já perde a imponência, e sua personagem acaba sem o impacto que prometia.
Vale a pena assistir?
Truque de Mestre – O 3º Ato é um filme divertido, visualmente atraente e com boas atuações, mas também é uma continuação que não precisava existir. O ciclo dos Cavaleiros já parecia encerrado no segundo filme, e este terceiro ato soa como uma tentativa de manter a franquia viva a qualquer custo.
Ainda assim, há carisma suficiente para entreter o público e um gancho discreto para um possível quarto filme, caso a mágica insista em continuar.
Veredito Final
⭐ Nota: 7/10
Um espetáculo visual que encanta pela energia do elenco, mas perde parte do encanto original ao trocar a mágica pela ação.






