Séries & TV

O 300º episódio de Grey's Anatomy - Parte 1 - A Reunião do M.A.G.I.C.

Episódio exibido na última quinta-feira 9 nos EUA é intitulado, em tradução literal, "Quem Vive, Quem Morre, Quem Conta Sua História"



Sugestão de música de acompanhamento à essa leitura:


"Cirurgiões são treinados para acreditar somente naquilo que podem ver e tocar. Porém, esse treinamento nem sempre acontece. Cientistas ou não, a maioria de nós que esteve nessas situações são forçados a ter o conhecimento dos mistérios da vida. Nós somos obrigados a ter conhecimento que certos tipos de mágica existem. E essa história, memória e fantasmas do passado às vezes são tão tangíveis quanto qualquer coisa que possamos segurar em nossas mãos."
Acho que não haveria maneira mais correta de começar esse texto do que com essa narração da personagem da protagonista, diretora e, a partir desse episódio, produtora do seriado, Ellen Pompeo porque ela resume, em poucas palavras, tudo aquilo que o Episódio 300 de Grey's Anatomy quis ser quando foi exibido no último dia 9 de Novembro nos EUA: uma carta de amor aos fãs, como disse Krista Vernoff, que assina o roteiro desse episódio fazendo jus ao legado que a série construiu ao longo desses 13 anos de existência.




O caso da semana, um acidente em montanha russa envolvendo jovens internos do Seattle Press, seria mais um caso de rotina se não fosse a semelhança deles com três personagens do elenco original que os fãs sentem muita falta: George O'Malley (T.R. Knight), Cristina Yang (Sandra Oh) e Isobel "Izzie" Stevens (Katherine Heigl). Tais pacientes foram apelidados de Babies, uma maneira carinhosa de lembrar os antigos parceiros de elenco com essas versões "mini" e é claro que isso ia dar um "rebuliço" danado no hospital.

Uma peculiaridade bem notável é que a trilha sonora desse episódio é 100% composta por músicas que já foram entoadas nos últimos 299 episódios, desde Keep Breathing (Casamento de Cristina na 3ª temporada), passando por Cozy In The Rocket (a música tema do seriado) (reprodruzida com direito a cenas da sequência de abertura que a série usava até a 3ª temporada), Portions For Foxes (Webber e seu discurso aos internos do piloto) e chegando a Such Great Hights. Nostalgia tá batendo forte assim.


De uma maneira ou de outra, todos estão lá...


Baby Yang esteve com Meredith, simbolizando o laço de amizade que as duas tiveram desde o começo do seriado até a 10ª temporada, com direito a apelido carinhoso: Twisted Sisters (algo do tipo "Irmãs Gêmeas" em tradução literal). E, embora relutante, Cleo (Jackie Chung) aceita essa posição em que foi colocada pela Dra. Grey ao pedir que a médica a salvasse como se ela fosse amiga dela, a amiga que ela a fazia lembrar (Coração tá doendo agora).

Detalhe é que, depois da cirurgia, o Owen (Kevin McKidd), ao ver a Cleo, não viu a semelhança com a Yang porque, para ele, não existe ninguém igual a ela. Ele não poderia estar mais certo. Desde a 11ª temporada que Grey's consegue se manter com boas histórias (e algumas não tão boas), mas que a personagem de Sandra Oh ainda faz falta porque, em alguns momentos, nos importamos mais com ela do que com a própria Grey. E a gente só percebe isso quando visitamos os tempos áureos dos 6 primeiros anos. Saudades Cristina.

Baby O'Malley esteve com Bailey (Chandra Wilson) e Webber.
Gregory (Brandon Tyler Russell) representou tudo o que o mais que querido O'Malley era durante as 5 primeiras temporadas em que se fez presente: dócil, inseguro e bondoso. Durante a curta, porém essencial, crise emocional de Miranda ao relembrar sobre a morte do verdadeiro George e, em um outro momento, Webber dizendo que seria bom salvar aquele O'Malley, ao menos pra mim, eles estavam representando todos os fãs que adoraram e ainda sentem-se injustiçados pela saída de T.R. Knight.

"Me chame de sentimental, mas foi bom pensar nele. A maioria dos internos apenas passam despercebidos ao longo dos anos, mas O'Malley... eu não posso esquecer. E vai ser bom poder salvá-lo, salvar esse O'Malley"

Miranda: "Ele era o meu favorito, George O'Malley"
O seu, o meu, o de quase todo o fandom Bailey :(
P.S.: Eu tenho essa imagem salva no meu celular. Me julguem.

Baby Stevens estando com Arizona (Jessica Capshaw), Alex e Jo (Camilla Luddigton) foi um dos pontos altos do episódio com mais pontos altos que eu já vi desde a 12ª temporada (porque eu tenho que ser sincero, a 13ª foi bem mediana).

Tentando acalmar Liza (Eryn Rea), que seria submetida a uma cesárea, Arizona começou a falar de Sofia e de seu pai, Mark Sloan (Eric Dane). Posteriormente, já em casa, mãe e filha conversam sobre o quanto elas sentem falta da Callie (Sara Ramirez) enquanto a câmera dá um close em uma foto emoldurada dos 3 com Sofia ainda bebê. (Alguém por favor troca o DVD, porque o coração não tá aguentando de tanto sofrer kkkk)

Alex e Jo tiveram uma cena simples de conversa em que ela fala para ele ligar para a verdadeira Isobel. Ao recusar essa proposta, ele descreveu aspectos de como Stevens estaria vivendo depois de ter deixado o então Seattle Grace Mercy West Hospital na sexta temporada com coisas da vida da própria Katherine Heigl, mostrando que o que eles tiveram foi real e que, embora ele esteja feliz com a Wilson, Karev tinha imaginado uma vida feliz com ela a seu lado.

"Quando eu a imagino, ela está sempre sorrindo. Não preciso ligar para ela porque eu quero que fique assim. Eu a imagino tão feliz como eu estou com você [Jo Wilson].

À esquerda, os babies. À direita, os originais.
E a única coisa que eu sinto ao ver essa comparação é saudade :(

A parte 2 da review, focado nos outros acontecimentos do episódio fora da reunião do quinteto e algumas críticas ao plot em geral dessa temporada, sairá em breve, talvez até mais cedo do que você imagina.

No Brasil, Grey's Anatomy é exibido pelo Canal Sony e a 14ª temporada é exibida toda segunda às 21h05, horário de Brasília.
Até a próxima \o/

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