Cinema

Crítica: Pantera Negra: Wakanda Forever Um Novo Legado?

Filme que encerra a fase 4 do MCU traz homenagens a ator falecido


A tão aguardada continuação de Pantera Negra chega aos cinemas para mostrar como Wakanda recebeu e reagiu a morte de Chadwick Boseman. Um filme com boas homenagens e introdução de novos personagens.
 

A rainha Ramonda (Angela Bassett), Shuri (Letitia Wright), M'Baku (Winston Duke), Okoye (Danai Gurira) e as Dora Milaje (incluindo Florence Kasumba) lutam para proteger sua nação das potências mundiais que intervêm após a morte do Rei T’Challa. Enquanto o povo de Wakanda se esforça para embarcar em um novo capítulo, os heróis devem se unir com a ajuda da Cão de Guerra Nakia (Lupita Nyong’o) e Everett Ross (Martin Freeman) para forjar um novo caminho para o reino de Wakanda.

A espera por este filme era algo muito grande, um verdadeiro hype mas, infelizmente, pelos motivos errados. A maioria das pessoas querem saber como seria abordado a morte do personagem principal que cativou a todos em suas aparições.

Quem acompanhou os milhares de teasers, spots e trailers que a Marvel divulgou, pôde ter um vislumbre do possível antagonista Namor (Tenoch Huerta), um antagonista com uma motivação fraca e uma explicação para o nome pior ainda. Namor significa sem amor (NO AMOR = NAMOR), uma explicação bizarra e um personagem que não faz jus a grandeza do ator que entrega uma interpretação magistral.

Tenoch Huerta como Namor

Os Wakandanos, o outro núcleo que importa, é praticamente todo composto por mulheres após a morte do rei T'challa. Logo no começo do filme temos a homenagem ao ator e ao personagem, com um espetáculo admirável. Logo após dá um salto de um ano na história e mostra a rainha Ramonda tendo que lidar com o fardo de ser a rainha da nação mais poderosa.

A Trama


A trama de Pantera Negra: Wakanda Forever, mantém a qualidade apresentada em toda a fase 4 do MCU, personagens desinteressantes e motivações fracas. Infelizmente não é um filme que vale o ingresso (ainda mais que hoje em dia é muito caro), se tirar a homenagem ao ator falecido, é um filme como Black Adam, Viúva Negra, entre outros filmes que tiveram uma história fraca.

Personagens


Shuri é de longe a personagem mais chata do filme, a personagem funcionou muito bem nas produções anteriores em que ela apareceu porque tinha T'Challa como ponto de equílibrio, quando ela assume um papel mais protagonista, é bem introduzida, mas se perde no caminho e você passa a ficar cansado de ver a personagem dela na tela. Em contraponto, temos a rainha Ramonda que mostra porque é a rainha-mãe, em todo momento que aparece, apresenta uma imponência inquestionável, Angela Basset nasceu para reinar em Wakanda.


As Dora Milaje também são presenças importantes no longa, especialmente a general Okoye, esta passa por uma evolução e um amadurecimento do seu personagem que te faz se importar com o futuro dela. A parceria dela com a Shuri funciona bem, ela com seu lado durão e a Shuri meio piadista.


Namor, como citado mais acima, além deste nome com um significado maravilhosamente piegas, também é conhecido como Kꞌukꞌulkaan (nome do Deus-Serpente da mesoamerica e também era a versão maia do deus asteca Quetzalcóatl, a serpente emplumada) e, diferente das HQs, ele não é o soberano da Atlântida (até se pode entender levando em conta o Aquaman que já foi apresentado como tal nos cinemas), ele é o soberano do reino de Talocán e, mantém a ideia de ser mutante.

Visual


Se por um lado, Pantera Negra: Wakanda Forever, é fraco de roteiro e ritmo, é extremamente rico em fotografia, figurino e influências culturais. Ryan Coogler consegue mais uma vez te transportar para a África e te faz se apaixonar pela cultura local, as danças, rituais, sentimentos, figurinos, etc. O mesmo acontece com o povo mesoamericano e o povo do fundo do mar, todos bem trabalhados na cultura Maia. Cada um com sua fotografia diferenciada, Wakanda traz cores fortes e vivas representando o povo que vive sobre a superfície, enquanto os Talocanos são azuis com cores mais frias representando o fundo do mar.

Arte conceitual de Namor e o povo de Talocán

Conclusão


Pantera Negra: Wakanda Forever é um filme que tinha tudo para encerrar com chave de ouro a fase 4 do MCU, não consegue ser melhor que Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, é um filme que se você não tiver problemas com spoilers, pode esperar sair no streaming. Boa fotografia, ótimas atuações em um roteiro fraco que te força a gostar pelo apelo emocional que não precisava de quase 3 horas de filme, o que é triste afinal, um filme que traz um girlpower tão intenso e importante, deveria ser um pouco melhor.

VALE LEMBRAR QUE SÓ TEM 1 (UMA) CENA PÓS-CRÉDITO

Ficha Técnica


Título: Pantera Negra: Wakanda Para Sempre
Título original: Black Panther: Wakanda Forever
País: EUA
Data de estreia: 10 de novembro de 2022
Gênero: Ação, Aventura, Super-herói
Duração: 161 minutos
Classificação: 14 anos
Distribuidora: Marvel Studios
Direção: Ryan Coogler
Elenco: Letitia Wright, Lupita Nyong'o, Angela Bassett, Danai Gurira, Winston Duke, Tenoch Huerta, Dominique Thorne


Poeta, Bacharel em Radio, TV E Vídeo, Estrela, Editor e Co-criador do Papo Blast, Especialista em piada ruim, Viciado em séries e filmes, está mais perdido que Lost e acredita que Sharknado é um clássico subestimado mas vocês não estão prontos para essa conversa.


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