“Policial novato em cidade podre”... já vi esse filme!
E já viu mesmo. O enredo de The Precinct parece saído de uma maratona do canal Space:
Você é Nick Cordell Jr., policial recém-formado, jogado em Averno, uma cidade fictícia onde cada esquina parece uma mistura de sem o Batman com a Detroit de Robocop. Aqui tem de tudo: gangues, tráfico de drogas, corrupção policial, roubo a banco, e claro, aquele tiozinho que estaciona em local proibido e acha que “é só um minutinho”.
A vibe é total neo-noir, com ruas encharcadas, luzes neon piscando e uma trilha sonora que parece ter sido feita pelo primo distante do Vangelis. É tipo um GTA indie que pegou carona com Drive e ficou preso no trânsito com Hotline Miami no rádio.
Gameplay: entre um episódio de COPS e um filme do Michael Bay
O jogo é um sandbox policial. Mas esqueça a burocracia de simuladores sisudos. Aqui você patrulha, mas também dá tiro, persegue bandidos em alta velocidade, faz blitz e até prende maluco que está vendendo cachorro-quente sem licença. Tudo isso com eventos aleatórios que surgem o tempo todo — ou seja: você nunca sabe se vai acabar salvando o dia ou tomando bala no beco por um ladrão de toca ninja.
Destaques:
- Perseguições de carro e helicóptero dignas de Velozes e Furiosos versão VHS.
- Crimes procedurais, gerados automaticamente, mantendo o jogo sempre imprevisível.
- Suporte tático da polícia, com bloqueios, viaturas extras, faixas de espinho e IA... um pouco estabanada.
É como se o elenco de Os Bons Companheiros tivesse invadido o set de Starsky & Hutch — versão de 2004, com Ben Stiller e Owen Wilson — e tudo tivesse sido dirigido por um fã de Miami Vice com problemas de foco.
Visual e trilha: VHS molhado e sintetizador em alto volume
Averno não é realista. É estilosa. É tipo se a cidade de Blade Runner resolvesse fazer cosplay de Nova York dos anos 80. Chove quase o tempo todo, a iluminação é 90% neon, e o mapa inclui desde periferias decadentes até centros comerciais opressivos, passando por becos que parecem cenário de clipe do The Weeknd.
A trilha sonora retrô é um show à parte: sintetizadores oitentistas, batidas eletrônicas, e aquela vibe de “vou resolver esse crime sozinho porque a chefia não me entende”. Você se sente num episódio perdido de Magnum, mas com mais tiroteio e menos bigode.
Versão física com itens de colecionador
Se você é do tipo que curte jogos em mídia física, The Precinct tem uma edição limitada com:
- Steelbook (porque justiça também merece capa de metal)
- Trilha sonora digital
- Mapa da cidade de Averno
- E claro, o jogo completo para PlayStation 5 e Xbox Series X|S
Pra completar, o jogo entrou em bundles promocionais no Steam, ao lado de títulos como Shadows of Doubt e Police Simulator: Patrol Officers, tudo com desconto.
Veredito final: neon, ação e caos justificado
The Precinct não é um simulador policial ultra-realista, e nem tenta ser. Ele é uma homenagem estilosa aos clássicos policiais, com muito charme retrô, ação emergente, e uma cidade que parece sempre prestes a explodir. Tem bugs? Tem. Mas também tem carisma, liberdade, e aquela energia caótica que faz você esquecer da hora enquanto prende bandidos com nome aleatório.
Se você curte jogos de crime, mundo aberto, anos 80, e a ideia de ser um policial com licença poética pra agir como se estivesse num filme de VHS, pode entrar na viatura sem medo.
Nota final: 8.5/10
"Meus parabéns, recruta. Agora vai ali e prende o cara que roubou um hot dog."