Universo Geek

Review | The Precinct: GTA com filtro VHS e trilha de Blade Runner

Patrulhe as ruas neon dos anos 80 em The Precinct, um sandbox policial cheio de ação, perseguições e crimes procedurais.


Se você já quis ser o policial durão de um filme dos anos 80 — tipo o Mel Gibson (antes de surtar), o Eddie Murphy em Um Tira da Pesada, ou até o Robocop (dead or alive, you're coming with me) — The Precinct é sua chance de viver esse sonho... ou pelo menos, de levar muita multa e se perder em perseguições por ruas molhadas com cheiro de neon e corrupção.


“Policial novato em cidade podre”... já vi esse filme!


E já viu mesmo. O enredo de The Precinct parece saído de uma maratona do canal Space:
Você é Nick Cordell Jr., policial recém-formado, jogado em Averno, uma cidade fictícia onde cada esquina parece uma mistura de      sem o Batman com a Detroit de Robocop. Aqui tem de tudo: gangues, tráfico de drogas, corrupção policial, roubo a banco, e claro, aquele tiozinho que estaciona em local proibido e acha que “é só um minutinho”.


A vibe é total neo-noir, com ruas encharcadas, luzes neon piscando e uma trilha sonora que parece ter sido feita pelo primo distante do Vangelis. É tipo um GTA indie que pegou carona com Drive e ficou preso no trânsito com Hotline Miami no rádio.

Gameplay: entre um episódio de COPS e um filme do Michael Bay



O jogo é um sandbox policial. Mas esqueça a burocracia de simuladores sisudos. Aqui você patrulha, mas também dá tiro, persegue bandidos em alta velocidade, faz blitz e até prende maluco que está vendendo cachorro-quente sem licença. Tudo isso com eventos aleatórios que surgem o tempo todo — ou seja: você nunca sabe se vai acabar salvando o dia ou tomando bala no beco por um ladrão de toca ninja.

Destaques:

  • Perseguições de carro e helicóptero dignas de Velozes e Furiosos versão VHS.
  • Crimes procedurais, gerados automaticamente, mantendo o jogo sempre imprevisível.
  • Suporte tático da polícia, com bloqueios, viaturas extras, faixas de espinho e IA... um pouco estabanada.

 


É como se o elenco de Os Bons Companheiros tivesse invadido o set de Starsky & Hutch — versão de 2004, com Ben Stiller e Owen Wilson — e tudo tivesse sido dirigido por um fã de Miami Vice com problemas de foco.

Visual e trilha: VHS molhado e sintetizador em alto volume


Averno não é realista. É estilosa. É tipo se a cidade de Blade Runner resolvesse fazer cosplay de Nova York dos anos 80. Chove quase o tempo todo, a iluminação é 90% neon, e o mapa inclui desde periferias decadentes até centros comerciais opressivos, passando por becos que parecem cenário de clipe do The Weeknd.


A trilha sonora retrô é um show à parte: sintetizadores oitentistas, batidas eletrônicas, e aquela vibe de “vou resolver esse crime sozinho porque a chefia não me entende”. Você se sente num episódio perdido de Magnum, mas com mais tiroteio e menos bigode.

Versão física com itens de colecionador



Se você é do tipo que curte jogos em mídia física, The Precinct tem uma edição limitada com:

  • Steelbook (porque justiça também merece capa de metal)
  • Trilha sonora digital
  • Mapa da cidade de Averno
  • E claro, o jogo completo para PlayStation 5 e Xbox Series X|S

Pra completar, o jogo entrou em bundles promocionais no Steam, ao lado de títulos como Shadows of Doubt e Police Simulator: Patrol Officers, tudo com desconto.

Veredito final: neon, ação e caos justificado


The Precinct não é um simulador policial ultra-realista, e nem tenta ser. Ele é uma homenagem estilosa aos clássicos policiais, com muito charme retrô, ação emergente, e uma cidade que parece sempre prestes a explodir. Tem bugs? Tem. Mas também tem carisma, liberdade, e aquela energia caótica que faz você esquecer da hora enquanto prende bandidos com nome aleatório.

Se você curte jogos de crime, mundo aberto, anos 80, e a ideia de ser um policial com licença poética pra agir como se estivesse num filme de VHS, pode entrar na viatura sem medo.

Nota final: 8.5/10

 "Meus parabéns, recruta. Agora vai ali e prende o cara que roubou um hot dog."

Poeta, Bacharel em Radio, TV E Vídeo, Estrela, Editor e Co-criador do Papo Blast, Especialista em piada ruim, Viciado em séries e filmes, está mais perdido que Lost e acredita que Sharknado é um clássico subestimado mas vocês não estão prontos para essa conversa.


Disqus
Facebook
Google