O jogo chega ao PlayStation 5 com aquela vibe de fliperama que dá coceira nos dedos, mas também traz alguns tropeços que fazem a trilha não brilhar tanto quanto poderia.
Blazing Trail entrega o básico do gênero sem medo de parecer “roots”:
- sete fases recheadas de inimigos,
- portões para destruir,
- torres de vigia irritantes,
- chuva de tiros de todo lado,
- coop local pra jogar xingando o amigo no sofá.
E aqui existe um charme real. O jogo acerta na nostalgia. O player veterano vai sacar na hora: tem muito Jackal, aquele clássico do NES, correndo no DNA do jogo. Não é inspiração escondida, é herança declarada.
A movimentação é simples e direta. Você pilota o veículo com o analógico ou D-Pad e solta a fúria com um arsenal que inclui:
- metralhadora (botão X),
- laser que consome energia (Triângulo),
- foguete destruidor (Círculo),
- minas nos ombros L1 e R1.
Nada de frescura: é apontar, atirar, sobreviver.
O problema aparece no campo de batalha
O jogo quer ser difícil — e tudo bem — mas às vezes confunde desafio com injustiça. Tem inimigo posicionado de maneira simplesmente cruel, minando o ritmo e transformando tentativa e erro em sofrimento gratuito. Os checkpoints ajudam, mas não resolvem.
A dificuldade não escala; ela te empurra ladeira abaixo.
O resultado é uma frustração que foge da graça old school. Em vez daquele “quero mais uma run”, surge o “cara… sério isso?”.
Troféus: o brilho que não falha
Se tem um público que Blazing Trail respeita, é o dos caçadores de troféus.
O game vem com lista completa, incluindo Platina, e ainda por cima Cross-Buy: PS4 e PS5 com listas separadas.
São 1 Prata e 11 Ouros, com objetivos simples: derrotar chefes, cair em buracos, falhar 50 vezes (“parabéns, você é teimoso”), e um objetivo secreto. Para quem ama Platinar, é praticamente uma bandeja de ouro.
Conclusão — Uma chama que acende, mas não incendeia
Blazing Trail é um jogo com alma arcade, visual simpático e boas intenções. Traz ação direta, coop local e aquele cheiro de nostalgia que sempre cai bem. Mas escolhas de design mal calibradas deixam a experiência mais irritante do que necessária.
É divertido? Sim.
É memorável? Nem tanto.
É um bom custo-benefício no preço baixo? Sem dúvida.
Nota: 6/10 – Uma trilha que poderia ser fogo, mas é mais faísca.





