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Análise Blazing Trail – Pixel, pólvora e tropeços no caminho

Blazing Trail é um shooter isométrico em pixel art cheio de ação, mas com falhas de design que impedem seu brilho total. Leia nossa análise completa.


Blazing Trail, da eastasiasoft em parceria com a Gamenergy Studio, tenta reanimar a chama dos shooters isométricos clássicos com uma estética pixelada estilosa e um enredo que não enrola: terroristas sequestram cientistas para criar veículos nucleares e, no fim, os próprios cientistas te ajudam a fugir com essas máquinas pra virar a mesa. É a velha história da última esperança humana, só que de retrovisor e metralhadora.


O jogo chega ao PlayStation 5 com aquela vibe de fliperama que dá coceira nos dedos, mas também traz alguns tropeços que fazem a trilha não brilhar tanto quanto poderia.

Blazing Trail entrega o básico do gênero sem medo de parecer “roots”:
  • sete fases recheadas de inimigos,
  • portões para destruir,
  • torres de vigia irritantes,
  • chuva de tiros de todo lado,
  • coop local pra jogar xingando o amigo no sofá.

E aqui existe um charme real. O jogo acerta na nostalgia. O player veterano vai sacar na hora: tem muito Jackal, aquele clássico do NES, correndo no DNA do jogo. Não é inspiração escondida, é herança declarada.


A movimentação é simples e direta. Você pilota o veículo com o analógico ou D-Pad e solta a fúria com um arsenal que inclui:
  • metralhadora (botão X),
  • laser que consome energia (Triângulo),
  • foguete destruidor (Círculo),
  • minas nos ombros L1 e R1.

Nada de frescura: é apontar, atirar, sobreviver.

O problema aparece no campo de batalha


O jogo quer ser difícil — e tudo bem — mas às vezes confunde desafio com injustiça. Tem inimigo posicionado de maneira simplesmente cruel, minando o ritmo e transformando tentativa e erro em sofrimento gratuito. Os checkpoints ajudam, mas não resolvem.

A dificuldade não escala; ela te empurra ladeira abaixo.


O resultado é uma frustração que foge da graça old school. Em vez daquele “quero mais uma run”, surge o “cara… sério isso?”.

Troféus: o brilho que não falha


Se tem um público que Blazing Trail respeita, é o dos caçadores de troféus.
O game vem com lista completa, incluindo Platina, e ainda por cima Cross-Buy: PS4 e PS5 com listas separadas.

São 1 Prata e 11 Ouros, com objetivos simples: derrotar chefes, cair em buracos, falhar 50 vezes (“parabéns, você é teimoso”), e um objetivo secreto. Para quem ama Platinar, é praticamente uma bandeja de ouro.

Conclusão — Uma chama que acende, mas não incendeia


Blazing Trail é um jogo com alma arcade, visual simpático e boas intenções. Traz ação direta, coop local e aquele cheiro de nostalgia que sempre cai bem. Mas escolhas de design mal calibradas deixam a experiência mais irritante do que necessária.

É divertido? Sim.
É memorável? Nem tanto.
É um bom custo-benefício no preço baixo? Sem dúvida.

Nota: 6/10 – Uma trilha que poderia ser fogo, mas é mais faísca.

Poeta, Bacharel em Radio, TV E Vídeo, Estrela, Editor e Co-criador do Papo Blast, Especialista em piada ruim, Viciado em séries e filmes, está mais perdido que Lost e acredita que Sharknado é um clássico subestimado mas vocês não estão prontos para essa conversa.


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