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Disney investe US$ 1 bilhão na OpenAI e libera Marvel, Pixar e Star Wars no Sora

Disney investe US$ 1 bilhão na OpenAI e libera Marvel, Pixar e Star Wars para criação de vídeos no Sora. Entenda o impacto em Hollywood.


A Disney decidiu parar de assistir de longe a revolução da inteligência artificial e entrou de cabeça no jogo. O estúdio anunciou um investimento de US$ 1 bilhão na OpenAI, firmando um acordo de três anos que coloca o Sora, a plataforma de criação de vídeos com IA, no centro de uma nova estratégia para Hollywood.


Esse pacto não é só dinheiro trocando de mãos. É uma tacada histórica: pela primeira vez, usuários poderão criar vídeos com mais de 200 personagens das franquias Marvel, Pixar e Star Wars, tudo direto dentro do Sora — com bênção oficial do Mickey.

O futuro do audiovisual acaba de ganhar um novo protagonista.

Durante anos, os estúdios tentaram frear as ferramentas de IA que permitiam a fãs gerar imagens piratas usando suas marcas. Agora, a Disney resolveu virar o tabuleiro: em vez de combater, monetizar.

O acordo com a OpenAI abre a porta para uma nova categoria de conteúdo: vídeos curtos gerados por fãs e oficialmente licenciados. O Disney+ já se prepara para incorporar esses clipes diretamente na plataforma, criando um ecossistema de criatividade supervisionada.

A Disney já deu alguns exemplos internos do que vem aí:
  • um fã duelando com Darth Vader,
  • outro surfando com o Stitch na prancha,
  • outro arrancando na largada ao lado de um carro de Carros.

Esses modelos e personagens licenciados chegarão ao Sora e às imagens do ChatGPT no início de 2026.


A movimentação marca uma mudança brusca de rumo. Quando o Sora foi apresentado de forma limitada, em outubro, agências como WME, CAA e UTA acusaram a ferramenta de violar a imagem de celebridades. O sindicato dos atores, o SAG-AFTRA, também apertou o cinto.

Desde então, tudo mudou. A OpenAI fechou acordos de proteção de imagem — incluindo o caso de Bryan Cranston — e agora, com a entrada da Disney, um novo modelo se desenha: licenciamento, controle e remuneração.

É o “se não pode vencê-los, cobre royalties”.

O CEO da Disney, Bob Iger, descreveu a iniciativa como uma expansão segura do que a empresa já faz: contar histórias. A novidade é que agora o público terá ferramentas oficiais para brincar dentro desse universo.

Em suas palavras, a IA marca “um momento importante para nossa indústria”, e a parceria com a OpenAI coloca a criatividade diretamente nas mãos dos fãs “de maneiras nunca vistas”.

A postura dialoga com a estratégia recente do estúdio — como a participação de US$ 1,5 bilhão na Epic Games para aproximar franquias do público jovem dentro do Fortnite.

Curiosamente, a Disney assinou esse acordo meses depois de processar a Midjourney junto com a Universal, acusando a ferramenta de ser “um poço sem fundo de plágio”. A diferença? Controle total.

No modelo da OpenAI, tudo é licenciado, rastreado, monetizado e supervisionado.
Nada de Darth Vader saindo de fábrica sem pagar pedágio.

O acordo legitima a plataforma da OpenAI e sinaliza um futuro em que grandes estúdios preferem colaborar com IA do que entrar em guerra com ela. Em troca, preservam suas marcas e abrem novas linhas de receita.

Sam Altman reforçou esse caminho, dizendo que empresas criativas e de IA podem evoluir juntas “de forma responsável”, expandindo o alcance das histórias e aproximando os fãs de novas experiências.

E ele já admitiu: mais estúdios estão batendo à porta para licenciar suas franquias.

Esse movimento expandirá a criatividade ou ameaçará o modelo tradicional de produção audiovisual?
Hollywood inteiro está olhando. A Disney decidiu apostar. Agora, a indústria terá que correr atrás — ou arriscar ficar pra trás.

Poeta, Bacharel em Radio, TV E Vídeo, Estrela, Editor e Co-criador do Papo Blast, Especialista em piada ruim, Viciado em séries e filmes, está mais perdido que Lost e acredita que Sharknado é um clássico subestimado mas vocês não estão prontos para essa conversa.


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