É videogame como videogame deve ser.
História direta e encontros saborosos
A narrativa é enxuta, certeira: a galáxia tá ameaçada pela Onda de Aniquilação, e cabe aos heróis liberar o caminho na base da força. O roteiro não tenta filosofar, mas entrega interações deliciosas e aparições inesperadas de vilões que fazem qualquer fã abrir um sorriso torto.
Os Arquivos Nova, acessíveis no menu de extras, completam o pacote com biografias e curiosidades dos personagens — ótimo pra quem caiu de paraquedas no lore da Marvel.
Cenários vibrantes em pixel art
Cada fase é um espetáculo visual. Da Nova York devastada à pompa dourada de Asgard, passando pela Wakanda futurista e pela Zona Negativa, o jogo nunca para. Os fundos se movem, respiram, contam histórias paralelas. Tem nave pousando, tem cidade explodindo, tem monstro se debatendo ao longe.
A trilha sonora acompanha o ritmo, alternando entre faixas relax e batidões frenéticos quando a luta esquenta. Cada planeta tem sua música exclusiva, e nenhuma delas soa genérica.
Jogabilidade: pancadaria honesta e viciante
O combate segue o manual do beat ’em up clássico: ataques fracos e fortes, combos, agarrões, especiais. A graça vem do contraste entre os heróis. Tempestade voa como se estivesse dançando com os trovões; Mulher-Hulk é um trator elegante; Nova e Phyla-Vell são perfeitos para ataques aéreos; Wolverine e Venom rasgam tudo no chão.
E tem a cereja: a Troca Cósmica. Você sempre escolhe dois heróis e alterna entre eles na hora, liberando golpes duplos e especiais combinados. Só perde quando ambos morrem. É simples, estratégico e muito, muito gostoso.
Solo ou coop: o caos organizado
MARVEL Cosmic Invasion pode ser jogado sozinho, mas a graça sobe absurdamente no cooperativo.
O jogo aceita até quatro jogadores, tanto local quanto online, e ainda tem cross-play entre plataformas — PS4, PS5, Switch, Switch 2, XSX, tudo junto e misturado.
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| Com bastantes jogadores, trazem grandes jogabilidades |
Mesmo com quatro personagens soltando poderes na tela, o design segura firme: tem espaço, tem clareza, tem ritmo. Nada vira farofa visual.
Progresso, desafios e conteúdo
Além da campanha, o jogo traz o Modo Arcade infinito, onde a brincadeira nunca acaba.
Desafios opcionais dão cubos verdes, usados para liberar:
- Paletas alternativas (algumas tiradas direto dos quadrinhos)
- Modificadores hardcore para o Arcade
- Arquivos completos sobre heróis e vilões
É aquele tipo de recompensa simples, mas viciante. E para quem gosta de exprimir o jogo até a última gota, os números são claros:
- Caminho crítico: 3 a 5 horas
- História + extras: ~7 horas
- Complecionista: ~20 horas
Confira nosso gameplay da primeira hora do jogo:
Veredito: um fliperama cósmico de respeito
MARVEL Cosmic Invasion não tenta ser um épico cinematográfico. Ele quer ser divertido — e consegue com sobras. A arte brilha, o combate engaja, a trilha vibra, o elenco transborda personalidade. É o tipo de jogo que você desliga pensando “vou só mais uma partidinha”.
É Marvel com cheiro de fliperama, cores de desenho animado e coração de jogador raiz.
Prós
- Pixel art exuberante, cheia de referências
- Combate frenético e satisfatório
- 15 heróis únicos, cada um com identidade própria
- Trilha sonora marcante
- Sistema de arquivos que amplia o lore
Contras
- Variedade de golpes poderia ser maior
- Sistema de progressão poderia liberar mais habilidades
A medida certa entre “rápido” e “rejogável”.








