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Análise – MARVEL Cosmic Invasion: O beat ‘em up cósmico que devolve o videogame às raízes

MARVEL Cosmic Invasion é um beat ’em up cósmico e frenético: 15 heróis, coop 4 players, cross-play e pixel art vibrante. Tempo de jogo: 3–20h.


Quando um jogo junta Capitão América, Tempestade, Bill Raio Beta, Mulher-Hulk e companhia pra segurar a Onda de Aniquilação, a gente já sabe que vem pancadaria do tipo que deixa o controle quente. MARVEL Cosmic Invasion é exatamente isso: uma volta ao puro prazer de detonar inimigos com estilo, cor, caos e carisma.


É videogame como videogame deve ser.

História direta e encontros saborosos


A narrativa é enxuta, certeira: a galáxia tá ameaçada pela Onda de Aniquilação, e cabe aos heróis liberar o caminho na base da força. O roteiro não tenta filosofar, mas entrega interações deliciosas e aparições inesperadas de vilões que fazem qualquer fã abrir um sorriso torto.

Os Arquivos Nova, acessíveis no menu de extras, completam o pacote com biografias e curiosidades dos personagens — ótimo pra quem caiu de paraquedas no lore da Marvel.

Cenários vibrantes em pixel art



Cada fase é um espetáculo visual. Da Nova York devastada à pompa dourada de Asgard, passando pela Wakanda futurista e pela Zona Negativa, o jogo nunca para. Os fundos se movem, respiram, contam histórias paralelas. Tem nave pousando, tem cidade explodindo, tem monstro se debatendo ao longe.

A trilha sonora acompanha o ritmo, alternando entre faixas relax e batidões frenéticos quando a luta esquenta. Cada planeta tem sua música exclusiva, e nenhuma delas soa genérica.

Jogabilidade: pancadaria honesta e viciante



O combate segue o manual do beat ’em up clássico: ataques fracos e fortes, combos, agarrões, especiais. A graça vem do contraste entre os heróis. Tempestade voa como se estivesse dançando com os trovões; Mulher-Hulk é um trator elegante; Nova e Phyla-Vell são perfeitos para ataques aéreos; Wolverine e Venom rasgam tudo no chão.


E tem a cereja: a Troca Cósmica. Você sempre escolhe dois heróis e alterna entre eles na hora, liberando golpes duplos e especiais combinados. Só perde quando ambos morrem. É simples, estratégico e muito, muito gostoso.

Solo ou coop: o caos organizado


MARVEL Cosmic Invasion pode ser jogado sozinho, mas a graça sobe absurdamente no cooperativo.
O jogo aceita até quatro jogadores, tanto local quanto online, e ainda tem cross-play entre plataformas — PS4, PS5, Switch, Switch 2, XSX, tudo junto e misturado.

Com bastantes jogadores, trazem grandes jogabilidades

Mesmo com quatro personagens soltando poderes na tela, o design segura firme: tem espaço, tem clareza, tem ritmo. Nada vira farofa visual.

Progresso, desafios e conteúdo


Além da campanha, o jogo traz o Modo Arcade infinito, onde a brincadeira nunca acaba.

Desafios opcionais dão cubos verdes, usados para liberar:
  • Paletas alternativas (algumas tiradas direto dos quadrinhos)
  • Modificadores hardcore para o Arcade
  • Arquivos completos sobre heróis e vilões


É aquele tipo de recompensa simples, mas viciante. E para quem gosta de exprimir o jogo até a última gota, os números são claros:

  • Caminho crítico: 3 a 5 horas
  • História + extras: ~7 horas
  • Complecionista: ~20 horas

Confira nosso gameplay da primeira hora do jogo:


Veredito: um fliperama cósmico de respeito


MARVEL Cosmic Invasion não tenta ser um épico cinematográfico. Ele quer ser divertido — e consegue com sobras. A arte brilha, o combate engaja, a trilha vibra, o elenco transborda personalidade. É o tipo de jogo que você desliga pensando “vou só mais uma partidinha”.

É Marvel com cheiro de fliperama, cores de desenho animado e coração de jogador raiz.

Prós


  • Pixel art exuberante, cheia de referências
  • Combate frenético e satisfatório
  • 15 heróis únicos, cada um com identidade própria
  • Trilha sonora marcante
  • Sistema de arquivos que amplia o lore

Contras


  • Variedade de golpes poderia ser maior
  • Sistema de progressão poderia liberar mais habilidades

A medida certa entre “rápido” e “rejogável”.

Poeta, Bacharel em Radio, TV E Vídeo, Estrela, Editor e Co-criador do Papo Blast, Especialista em piada ruim, Viciado em séries e filmes, está mais perdido que Lost e acredita que Sharknado é um clássico subestimado mas vocês não estão prontos para essa conversa.


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