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Netflix x Warner Bros.: fusão é realmente “pró-trabalhador”? Teamsters cobram provas

Lindsay Dougherty, dos Teamsters, desafia a Netflix a provar que a fusão com a Warner é “pró-trabalhador”. Sindicato cobra dados e garantias reais.


A novela corporativa que Hollywood jurava que não queria, mas ganhou de brinde, ficou ainda mais saborosa: a tal da fusão entre Netflix e Warner Bros. Discovery foi vendida como “pró-trabalhador” pelos chefões do streaming. Só que Lindsay Dougherty — líder dos Teamsters no setor de entretenimento — não comprou esse discurso nem por um frame.


A mulher foi direta: “Generalização não paga aluguel. Quero dados.

E aqui está o ponto quente da conversa dela com o The Hollywood Reporter: a Netflix está prometendo que a união com um centenário estúdio vai “proteger empregos”. É quase poesia corporativa… se não fosse a história inteira de fusões anteriores cortando gente como se estivesse aparando grama no fim de semana.

Dougherty quer ver impacto real na vida dos trabalhadores: filmagens em Los Angeles, empregos estáveis e uma indústria respirando fora do tubo.

A treta engrossou quando a Paramount meteu a colher e soltou uma oferta hostil pela Warner. Trocar Netflix por Paramount resolveria algo? Para os Teamsters, só com garantias reais. Histórico de demissões as duas têm.

Dougherty já conversou com Ted Sarandos. O papo? Filmar mais na Califórnia, gerar empregos e deixar claro que “declaração genérica” não enche geladeira de ninguém.

Para ela, negociação trabalhista em 2026 olhando para cifras de centenas de bilhões tem um peso político absurdo. Pedir um dólar a mais por hora vira troco de pinga perto desse jogo dos gigantes.

Ela não deu meia-volta:

“O melhor cenário é David Zaslav sair da indústria e nunca mais voltar.”
Poético, cortante, uma flecha élfica no CEO da Warner.

O desejo real é: manter a Warner forte, produzindo filmes nos EUA, especialmente em Los Angeles, e sem transformar trabalhadores em estatística de reestruturação.

Os Teamsters dizem que vão continuar organizando e pressionando, mas reconhecem que o setor já é altamente sindicalizado. O foco: segurar empregos e garantir incentivos fiscais competitivos pra manter produções no estado.

A fusão pode até sair, mas sindicato não vai bater palma pra promessa vazia. Querem cláusulas, garantias e compromisso real. Enquanto isso, Hollywood segue em suspense maior que qualquer thriller de estúdio.

Fonte: The Hollywood Reporter (THR)

Poeta, Bacharel em Radio, TV E Vídeo, Estrela, Editor e Co-criador do Papo Blast, Especialista em piada ruim, Viciado em séries e filmes, está mais perdido que Lost e acredita que Sharknado é um clássico subestimado mas vocês não estão prontos para essa conversa.


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