Filho do bilionário Larry Ellison, o chefão da Paramount chamou a oferta da Netflix de “inferior” e disse aos acionistas da Warner que sua coalizão — incluindo fundos soberanos do Oriente Médio — está pronta pra colocar mais US$ 18 bilhões em dinheiro vivo na mesa, garantindo “valor superior e fechamento mais rápido”.
A treta cresceu quando a Warner decidiu se dividir: a Netflix ficaria com Warner Bros, HBO e HBO Max, enquanto os canais lineares (TNT, CNN, HGTV, Discovery) virariam empresa separada. A Paramount diz que isso cheira a imprudência financeira embaladinha pra presente.
Pra apimentar, a Paramount ainda afirma que foi “deixada de fora” das conversas. “Nem uma versão revisada dos documentos,” reclamou o COO Andy Gordon. Clássico drama de boardroom.
As ofertas:
• Paramount: US$ 30 por ação, tudo em dinheiro.
• Netflix: US$ 27,75 + ações + participação na TV linear.
Além disso, a Paramount apareceu com um caminhão de financiamento: US$ 24 bilhões vindos de Arábia Saudita, Catar, Abu Dhabi e Affinity Partners (sim, a do Jared Kushner). Todos sem direito de governança. Tencent saiu do consórcio após reclamações do conselho.
Ellison lançou até o site StrongerHollywood, prometendo sinergias de US$ 6 bilhões cortando áreas duplicadas, mas mantendo equipes criativas. Hollywood, como previsto, virou arquibancada de torcida organizada: sindicatos contra o acordo da Netflix, exibidores em pânico, DGA levantando bandeira amarela e Trump dando pitaco no Truth Social como se fosse final de campeonato.
A Netflix diz que o combo é “pró-trabalhador, pró-inovação, pró-crescimento”. Paramount rebate com “acordo seguro, integral e melhor para Hollywood”.
Agora a bola está com acionistas, reguladores e os deuses do entretenimento. Se aprovado, a Netflix fecha em 12 a 18 meses. Paramount promete entregar em 1 ano. No fim, é aquilo: Hollywood vive de histórias — esta é só mais uma que supera qualquer roteiro.
Fonte: The Hollywood Reporter (THR)



