Cinema

Crítica: Liga da Justiça é um grande episódio da série animada

Mesmo com falhas, filme diverte e traz boas risadas


E finalmente chega aos cinemas o tão aguardado filme da Liga da Justiça, o longa que reúne os maiores heróis da DC. Com estréia prevista para o dia 15 de novembro, o filme vem com o intuito de consolidar o universo cinematográfico da DC/Warner.


Na história, após a morte de Clark Kent/Superman (Henry Cavill) em Batman vs Superman, o vigilante Bruce Wayne/Batman (Ben Affleck) reavalia seus métodos extremos e passa a procurar heróis para formar um time de combatentes do crime que podem defender a terra de todos os tipos de ameça. Ao lado de Diana Prince/Mulher-Maravilha (Gal Gadot), Batman encontra o ex-atleta ciberneticamente modificado Vic Stone (Ray Fisher), o velocista Barry Allen (Ezra Miller) e o rei e guerreiro de Atlantis Arthur Curry/Aquaman (Jason Momoa). Eles enfrentam o Lobo da Estepe, o braço direito do senhor da guerra alienígena, Darkseid, que está procurando três artefatos escondidos na terra. A história é simples mas funciona bem, a ideia de reunir um grupo de super-heróis é sempre bem-vinda e Liga da Justiça faz jus à essa proposta. Cinco seres distintos que são poderosos sozinhos mas precisam se reunir para enfrentar um perigo maior.

O vilão Lobo das Estepes


A fotografia do filme está mais alegre e colorida (sim, eu sei que é um filme da Liga e não do Batman), se distanciando mais do que foi apresentado em Superman: Man of Steel e Batman vs Superman. Ainda é possível ver muitas cenas com slowmotion, algo sempre presente nos filmes de Zack Snyder. Os efeitos especiais estão bem feitos, as cenas de luta do filme conseguem te prender sem muito esforço. O roteiro tem muitas falhas mas não chega a estragar o filme todo, mérito dos atores que entregam personagens convincentes para o público. A resolução do combate final é meio rápida demais e deixa um ar de quero mais, afinal é um vilão com um exército planejando destruir a Terra em alguma cidade onde todos falam com sotaque russo (não lembro onde eu já vi isso).

A Liga da Justiça


A equipe funciona bem como um todo, não é algo inovador do tipo "Ah meu Deus, é o filme da minha vida", mas a forma como a DC vem evoluindo nos cinemas desde Mulher-Maravilha, é algo que deve ser levado em consideração. O DCU ainda está aprendendo a caminhar mas Liga da Justiça, apesar de não ser surpreendente e nem inovador, é um filme que traz uma boa equipe que precisa se reunir para salvar o planeta. À princípio temos um Aquaman relutante em participar da equipe mas seus caminhos acabam se cruzando com os outros heróis e se vê forçado à se juntar aos demais.



Flash é o alívio cômico do filme, é o personagem que, em todos os momentos em que fala, faz piada. É bem visível a diferença entre o Flash do filme e o da série, Grant Gustin entrega um flash com o peso do mundo nas costas enquanto Ezra Miller faz um personagem totalmente diferente, sozinho, isolado e carente. Em alguns momentos é impossível não comparar a corrida do Flash com a do Mercúrio nos filmes dos X-Men, aquela comicidade explícita no modo de correr e ver as reações dos outros.

Conclusão


Liga da Justiça é um filme mediano mas compensa o ingresso pago, o 3D do filme está muito bom (recomendo assistir em IMAX para ter uma experiência melhor), os fãs da DC irão adorar, o público comum vai gostar da experiência por ser um filme mais leve e engraçado que os anteriores. Liga da Justiça é um filme que precisa ser assistido e mostra o novo fôlego da DC. Que a qualidade só melhore porque quem ganha com isso somos nós, os fãs.

Ficha Técnica


Nome: Liga da Justiça
Nome Original: Justice League
Origem: EUA
Ano de produção: 2017
Lançamento: 15 de novembro de 2017
Gênero: Ação
Classificação: 12 anos
Direção:   Zack Snyder
Elenco:  Amber Heard, Amy Adams, Ben Affleck, Billy Crudup, Ciarán Hinds, Connie Nielsen, Daniel Stisen, Diane Lane, Erin Eliza Blevins, Ezra Miller, Gal Gadot, Henry Cavill, J.K. Simmons, Jason Momoa, Jeremy Irons, Jesse Eisenberg, Joe Morton, Kiersey Clemons, Lisa Loven Kongsli, Michael McElhatton, Ray Fisher, Robin Wright, Samantha Jo

Poeta, Bacharel em Radio, TV E Vídeo, Estrela, Editor e Co-criador do Papo Blast, Especialista em piada ruim, Viciado em séries e filmes, está mais perdido que Lost e acredita que Sharknado é um clássico subestimado mas vocês não estão prontos para essa conversa.


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